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Quais são os concorrentes do robô da Vinci na corrida pela cirurgia robótica em 2020

A empresa americana Intuitive Surgical domina o mercado da robótica desde 1999, quando lançou o Sistema Cirúrgico da Vinci. Passados vinte anos, cada vez mais patentes estão vencendo e, com isso, os horizontes dos concorrentes se expandem na corrida pelo topo da tecnologia cirúrgica.

O da Vinci ainda é o sistema mais utilizado nas salas de cirurgia em todo o mundo. No entanto, a Intuitive Surgical já enfrenta disputa com a irlandesa Medtronic, com a britânica CMR Surgical e com a norte-americana TransEnterix, que vêm desenvolvendo suas próprias tecnologias e prometendo inovações que, por enquanto, são inéditas no campo da robótica.

Versius

O robô da CMR Surgical foi projetado para ser mais compacto, flexível, manobrável e transportável, permitindo que possa ser utilizado em diferentes salas e hospitais. 

A empresa tem a expectativa de que a tecnologia seja cerca de 40 vezes mais barata do que as existentes, com materiais mais baratos e instrumentos reutilizáveis. 

Atualmente, um dos desafios para a popularização da cirurgia robótica é justamente seu elevado custo de produção e transporte. 

Provavelmente, a principal inovação do Versius em relação ao sistema cirúrgico da Vinci seja sua flexibilidade, já que o sistema consiste em vários braços de robôs separados, cada um com seu próprio instrumento cirúrgico e seu próprio pilar. 

Em 2019, o Versius começou a ser testado em cirurgias ginecológicas e gastrointestinais em humanos e tem apresentado bons resultados durante e depois dos procedimentos. 

Hugo RAS

O robô da Medtronic também busca inovar na redução de custos e flexibilidade. Seus braços e outras estruturas são modulares e ficam sobre rodas, permitindo que o cirurgião conclua um procedimento com um braço e possa afastá-lo para iniciar outra intervenção.

Dessa maneira, o intervalo entre um procedimento e outro também se torna muito menor. Além disso, os braços modulares podem ser divididos, permitindo a realização de duas cirurgias em locais diferentes no hospital.

Outra característica interessante do Hugo é que sua torre e sistema de visualização, gerador, processadores e endoscópio podem ser utilizados, também, em laparoscopias e até cirurgias abertas, o que sem dúvidas reduz os custos para o hospital. 

No momento, a Medtronic está coletando informações clínicas para fazer o lançamento do robô Hugo RAS dentro de um ano.

Sistema Senhance

O robô da TransEnterix já está sendo utilizado para reparar hérnias, remover vesículas biliares e tratar várias outras condições urológicas e ginecológicas nos Estados Unidos e Europa.

Seu principal diferencial é a tecnologia de feedback tátil nos controles. O cirurgião consegue “sentir”, nas pontas dos próprios dedos e em tempo real, quando o robô entra em contato com estruturas anatômicas.

Além disso, os controles do instrumento são mais ergonômicos e se assemelham bastante aos instrumentos cirúrgicos tradicionais, o que pode ajudar bastante na curva de aprendizado do cirurgião que fazer a transição de cirurgia aberta para robótica.

Outra tecnologia interessante da plataforma é o sistema de rastreamento ocular para controle de câmera. No Sistema Senhance, o cirurgião consegue mover a câmera laparoscópica simplesmente movendo os próprios olhos. 

Virtual Incision não fica para trás: o mini robô MIRA

A Virtual Incision já está inovando no mercado da robótica ao explorar o campo da cirurgia minimamente invasiva do abdômen.

O MIRA, mini robô desenvolvido pela empresa, consiste num braço robótico que permite ao cirurgião realizar o procedimento minimamente invasivo em qualquer hospital ou ambiente médico. 

Enquanto o da Vinci pesa mais de 700 quilos, o MIRA não chega a dois, podendo ser transportado entre salas com segurança e mobilidade. Por enquanto, ele ainda está em fase de testes.

Os avanços no mercado da cirurgia minimamente invasiva me deixam muito animado porque apontam para um futuro com tecnologias capazes de atender as demandas dos pacientes e cirurgiões. 

Além disso, com mais competição, os preços tanto das plataformas quanto dos procedimentos tendem a se tornar mais amigáveis, tornando a cirurgia robótica uma possibilidade para mais pessoas. 

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