Com cerca de 62 mil novos casos por ano no Brasil, o câncer de próstata é o mais comum entre os homens, depois do câncer de pele. Dos 200 tipos de câncer, o de próstata está entre os mais curáveis, desde que descoberto em fases iniciais.

Os pacientes que apresentam a doença restrita à próstata devem ser submetidos ao tratamento curativo. Atualmente as duas modalidades mais utilizadas são cirurgia e radioterapia.

A radioterapia é uma forma de tratamento curativa, que vem apresentando melhora nos resultados devido à utilização de feixes de intensidade modulada, em que os órgãos adjacentes são menos afetados. No entanto, estudos de longo prazo ainda demonstram que a cirurgia apresenta melhores resultados em termos de cura.

O tratamento do câncer de próstata localizado mais utilizado em todo o mundo é a cirurgia, cujo termo técnico é prostatectomia radical.

Confira no nosso blog artigos sobre crescimento benigno (HPB), prostatectomia radical e dúvidas frequentes sobre o câncer de próstata.

Check Up

O check-up da próstata é fundamental e deve ser realizado por meio de exame preventivo, anualmente. Todos os homens com idade acima de 45 anos, mesmo não apresentando sintomas, devem fazê-lo. Os que têm histórico de câncer de próstata na família devem iniciar a realização dos exames mais cedo, aos 40 anos.

O popular “check-up” é uma avaliação médica rotineira, na qual se faz um rastreamento de sinais identificadores de uma doença, antes que ela se manifeste. É a busca por tumores em fases mais precoces da doença, quando os tratamentos são mais efetivos. Tanto o PSA, quanto o toque retal não definem um diagnóstico completo, apenas sugerem que outros exames devem ser solicitados, no caso, uma biópsia da próstata.

Nenhum exame médico é 100% preciso. Depende muito do ponto de corte, do valor que adotamos para definir se o teste é positivo ou não. De modo geral, a cada 100 homens que fazem o PSA, 15 terão o PSA anormal e destes, três terão câncer confirmado na biópsia.

O PSA (sigla de antígeno prostático específico, em inglês) é uma substância medida no sangue e que avalia se algo não vai bem com a próstata. Porém, não estabelece se é um tumor, uma inflamação ou um aumento benigno.

O toque retal faz parte do exame médico completo. Muitos homens ainda têm preconceito e se recusam a realizá-lo. Porém, em cerca de 20% dos tumores de próstata que crescem sem aumentar o PSA, o toque é o único modo de chegar a um diagnóstico. Além disso, o toque retal pode ajudar no diagnóstico de doenças intestinais, como tumores de intestino, e ajudar a estabelecer critérios para tratamento de sintomas urinários (levantar muitas vezes à noite para urinar, jato urinário fraco, necessidade de ir ao banheiro seguidamente). Pelo exame de toque o médico pode definir melhor qual medicamento deve ser usado, qual procedimento deve ou não ser recomendado. Ele é um guia para o urologista.

Exame periódico da próstata = PSA (exame de sangue) + toque retal