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Cirurgia robótica no tratamento do câncer testicular

De maneira geral, o câncer de testículo tem um bom prognóstico, principalmente quando detectado nos estágios iniciais. A cirurgia robótica pode ser uma aliada no tratamento, que envolve a remoção do testículo afetado e, em estágios mais avançados, também dos gânglios linfáticos.

A boa notícia é que é fácil perceber alterações no testículos, e fazer o autoexame mensalmente é uma excelente forma de saber a hora de procurar um urologista, profissional que vai fazer o diagnóstico correto explicar para o paciente como funciona o tratamento. 

Como funciona o tratamento inicial do câncer testicular

O tratamento padrão envolve a orquiectomia, cirurgia que remove o testículo com câncer. Geralmente, é feita uma incisão na virilha e o órgão é removido através dessa abertura. De acordo com cada caso, poderá ou não ser necessário realizar sessões de quimioterapia ou radioterapia. 

Existe, ainda, a possibilidade de fazer uma observação vigilante, sem tratamento após a orquiectomia. O paciente vai fazer consultas e exames de sangue a cada 3 a 6 meses no primeiro ano após o procedimento e depois com menor frequência. Caso a situação mude, a abordagem também será outra. 

O câncer de testículo representa de 1 a 5% do total de casos de tumores em homens no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Apesar de mais raro em relação ao câncer de próstata, por exemplo, essa neoplasia costuma acometer homens jovens, entre 20 e 40 anos. 

A cirurgia robótica no tratamento do câncer testicular

Em alguns casos, a remoção dos gânglios linfáticos próximos à região pode ser indicada, tanto para prevenir que o câncer testicular se espalhe quanto para complementar o tratamento com quimioterapia ou radioterapia. 

Esse procedimento se chama dissecção do linfonodo retroperitoneal, e é bastante complexo e longo, podendo durar até seis horas. Quando feito utilizando a técnica aberta, requer uma grande incisão no abdômen. 

Nesse sentido, a cirurgia robótica pode ser uma aliada do tratamento, já que consiste em seis pequenas incisões no abdômen do paciente, oferecendo um tempo de recuperação menor. Além disso, o cirurgião opera sentado, em posição ergonômica, possibilitando mais conforto e, consequentemente, maior precisão no procedimento. 

Um dos efeitos colaterais dessa cirurgia pode ser a ejaculação retrógrada, em que a eliminação do esperma acontece para dentro da bexiga, durante o orgasmo. 

Isso acontece porque existe a possibilidade da cirurgia lesionar os nervos que controlam a direção da ejaculação, o que não causa nenhum tipo de dor ou desconforto físico ao paciente.

No entanto, o homem pode estranhar a diminuição ou ausência de ejaculação durante a relação sexual e, principalmente, lidar com a infertilidade. 

A ejaculação retrógrada pode ser evitada com a preservação dos nervos que controlam a ejaculação, mas nem sempre isso é possível. Com a cirurgia robótica, o médico tem mais precisão no procedimento, já que o robô filtra possíveis tremores e oferece visão ampliada em 3D, o que pode facilitar o uso da técnica em alguns casos. Portanto, a cirurgia robótica pode ser uma alternativa interessante para homens que ainda desejam ter filhos, mas independentemente do uso da cirurgia aberta ou fechada, é comum recomendar aos pacientes com diagnóstico de câncer de testículo a procurarem um banco de sêmen para criopreservação.

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