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As duas principais doenças da próstata e os seus sintomas

O câncer de próstata não é a única doença que pode atingir a glândula. Existem outros problemas que, apesar de serem pouco conhecidos, são muito comuns: a prostatite e a hiperplasia prostática benigna. 

Prostatite: processo inflamatório e infeccioso frequente em homens adultos. Ela pode aparecer repentinamente, o que caracteriza prostatite aguda, ou não apresentar sintomas, caracterizando a prostatite crônica. Apesar de ser causada, geralmente, por bactérias, existe a forma não bacteriana da doença.

– Causas: 

Bacteriana: a bactéria mais comumente responsável é a Escherichia coli, encontrada no trato urinário ou intestino grosso, e que pode atingir a próstata. 

Não bacteriana: microorganismos ainda não identificados. 

Em ambos os casos, a infecção pode ser facilitada após quadros de uretrites (como gonorreia), em decorrência de relações sexuais com parceiras que apresentem infecções no aparelho ginecológico ou depois de penetração anal sem preservativo. 

– Sintomas:

Bacteriana: febre alta, dores pélvicas ou na região baixa das costas, dor ao urinar, ardência durante a ejaculação, sêmen amarelado ou com presença de sangue, maior frequência na necessidade de urinar ou dificuldade em conter a vontade de urinar. 

Não bacteriana: dor na parte baixa das costas, incômodo ao urinar, ocorrência de jatos fracos ou com interrupções no fluxo da urina. 

– Diagnóstico:

Em ambos os casos, para confirmar os diferentes diagnósticos e dar início ao tratamento, o histórico médico do paciente é essencial. São associados ao histórico médico exames de secreção da próstata, colhida a partir de massagens na glândula. Podem ser necessários exames complementares, como ultrassonografia, exames de sangue e ressonância magnética. 

– Tratamento:

Bacteriana: uso de antibióticos por pelo menos duas semanas. No caso de pacientes que necessitarem de tratamento por via endovenosa ou que manifestarem grande obstrução da urina, podem passar por internação. 

Não bacteriana: mesmo que não seja necessário, indica-se o uso de antibióticos caso haja dificuldade em identificar a causa da doença. Dependendo da resposta do paciente, o tratamento pode ser interrompido ou continuado. Alguns pacientes demandam o uso de relaxantes musculares para relaxar a próstata. Massagens também são recomendadas caso seja preciso drenar o líquido inflamatório da glândula. 

Hiperplasia prostática benigna (HPB): é o nome complicado para falar de tumor benigno. A HPB é comum entre homens de idosos e é caracterizada por um aumento progressivo e benigno da próstata. Os nódulos formados durante o aumento da glândula podem pressionar a bexiga e obstruir a uretra, dificultando a saída da urina.

Causas:

Não existe consenso sobre a causa, mas uma situação que pode ser relacionada com a doença é a mudança hormonal do qual o organismo é alvo à medida que envelhece. Isso justifica a prevalência do problema em homens acima dos 60, 70 anos. 

Sintomas:

O sintoma mais perceptível é a alteração do fluxo urinário, tornando-se mais fraco de acordo com o aumento da próstata. Estes são exemplos de sintomas obstrutivos, mas eles também podem ser irritativos, como interrupções no jato de urina e maior frequência da necessidade de urinar. 

Diagnóstico:

O histórico médico é associado a exames de urina, de sangue e toque retal. Pode ser preciso um exame ultrassonográficos para calcular tamanho e características da próstata. 

Tratamento:

O tratamento pode começar de forma menos invasiva, com uma mudança no estilo de vida e a diminuição da ingestão de líquidos à noite. Caso não seja suficiente e o aumento da próstata esteja avançado, pode ser recomendada uma técnica chamada embolização das artérias prostáticas. O procedimento consiste em injetar microesferas para obstruir a artéria que sustenta a próstata, fazendo com que ela encolha. 

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