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Disseminação de fake news sobre urologia: um problema que precisa ser combatido

A expressão “fake news”, que até pouco tempo era desconhecida, tem virado um dos assuntos mais debatidos, em todas as esferas. Embora essa discussão seja frequentemente associada à política, a disseminação de informações falsas ou enganosas na internet não fica restrita a este âmbito, e alcança também conteúdos sobre saúde e, inclusive, a urologia. 

Um estudo desenvolvido pela urologista Dra. Stacy Loeb e outros pesquisadores, publicado na revista médica European Urology, investigou a veracidade de conteúdos sobre câncer de próstata publicados no Youtube. O estudo revelou que 77% dos vídeos analisados continham informações enviesadas, falsas ou enganosas em seu conteúdo ou na seção de comentários. 

Estes dados se tornam ainda mais preocupantes quando confrontados com os resultados de uma pesquisa publicada na revista de urologia BJU International, que avaliou a precisão de artigos sobre malignidades geniturinárias compartilhados em diferentes redes sociais. 

De acordo com este estudo, artigos com informações incorretas têm 28 vezes mais chances de serem compartilhados do que aqueles com informações de qualidade. 

Neste cenário de intensa produção e divulgação de conteúdos falsos sobre urologia, é essencial que os pacientes sejam direcionados para materiais de qualidade, com informações precisas e embasadas. Assim poderemos evitar que tratamentos não comprovados e discordantes das diretrizes sejam adotados por estas pessoas. 

Pensando nisto, a Urology Care Foundation, fundação oficial da Associação Americana de Urologia (AUA), criou um repositório com informações educacionais de alta qualidade para que pacientes possam sanar suas dúvidas. 

O site disponibiliza conteúdos gratuitos para download em diversos formatos e línguas, inclusive em português brasileiro, e você pode acessá-los clicando aqui

É importante que todos ficarmos atentos a este problema para evitar a disseminação de informações falsas, principalmente sobre saúde. A nós, profissionais da área, cabe a responsabilidade de direcionar os pacientes para fontes de informações confiáveis. Porém, nesta luta contra a desinformação, o paciente também tem seu papel, que é o de evitar que este tipo de conteúdo seja propagado. 

Minha sugestão é a seguinte: sempre confira a origem da informação, buscando confirmação em fontes confiáveis e, principalmente, na dúvida, não compartilhe!

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