O câncer de bexiga é o segundo tumor do trato urinário mais comum entre os homens, perdendo apenas para o tumor na próstata. O tratamento, geralmente, envolve a retirada parcial ou total da bexiga, procedimento chamado de cistectomia.
Frequentemente, é também necessário remover as estruturas que cercam o tumor, como a próstata e vesículas seminais, no caso dos homens, e ovários, tuba uterina, útero, colo do útero e uma pequena parte da vagina, no caso das mulheres.
Além disso, a cistectomia também pode ser acompanhada da linfadenectomia pélvica, técnica para retirada dos linfonodos afetados pela neoplasia. Trata-se de uma cirurgia de grande porte que já esteve associada à uma taxa de mortalidade relativamente alta.
Para reduzir esses números, a técnica laparoscópica foi introduzida em 1992, diminuindo os riscos da operação, tempo no hospital e de recuperação. No entanto, foi nos anos 2000 que a cirurgia robótica foi introduzida e tanto a cistectomia quanto a linfanedectomia pélvica passaram a ser feitas com o auxílio do Sistema Cirúrgico da Vinci.
A princípio, a reconstrução da bexiga era feita fora do corpo do paciente, mas com o avanço da tecnologia, hoje, já é possível realizar o procedimento com a plataforma robótica, utilizando parte do intestino do paciente para desenvolver a neobexiga.
Sem dúvidas, a cirurgia robótica transformou drasticamente o tratamento do câncer de bexiga, devido a seu caráter minimamente invasivo e à sua alta precisão, diminuindo as possibilidades de complicações cirúrgicas e de um pós-operatório mais rápido e tranquilo para o paciente.
É sempre necessário remover a bexiga?
Em estágios iniciais, a retirada da bexiga não é necessária. Nesses casos, com anestesia local ou sedação, um instrumento chamado ressectoscópio é inserido pela uretra até o órgão, para remover o tumor.
Depois, para garantir que a neoplasia foi completamente removida, as células cancerígenas restantes são destruídas com laser ou queimadas.