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O uso da inteligência artificial na escolha de cuidados paliativos ou no tratamento do câncer

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com médicos intensivistas do HCor (Hospital do Coração) descobriram, em estudo recente, que a inteligência artificial pode contribuir para fazer prognósticos a respeito da qualidade de vida de pacientes com câncer em estágio avançado internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).  O trabalho científico foi publicado no Journal of Critical Care

Após a análise de 777 pacientes de câncer alojados em UTIs de hospitais oncológicos em São Paulo, os modelos de inteligência artificial testados tiveram um índice de 82% de acerto ao estimar o período de sobrevivência do paciente com qualidade de vida, ou seja, sobrevida com sintomas como a dor controlados por mais ou menos de 30 dias. 

O estudo durou dois anos. Nesse período, 66% dos enfermos monitorados vieram a óbito e 45% dos internados tiveram até 30 dias de qualidade de vida.  A média de sobrevida foi de 195 dia, sendo que foram registrados 70 dias com qualidade de vida. 

Já existiam algoritmos que fazem previsões assertivas sobre as chances de mortalidade do indivíduo, mas não conseguiam um prognóstico sobre a qualidade de vida dessas pessoas. 

Para os pesquisadores o estudo é valioso porque contribui para a tomada de decisões referentes à submissão do paciente a tratamentos agressivos ou a aplicação dos chamados cuidados paliativos para garantir algum conforto ao portador de doença fora da possibilidade de cura.  E auxilia o profissional médico na certeza de sua decisão.

Para o modelo matemático usado na pesquisa foram usados como dados características dos enfermos como a história sociodemográfica, hemograma, funcionamento renal e outros. 

Apesar dos resultados satisfatórios, o coordenador da pesquisa, Alexandre Chiavegatto Filho, professor da USP, afirmou que o modelo será testado em um grupo maior de pacientes com diferentes níveis de gravidade oncológica antes de ser colocado em prática. 

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