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Pesquisa revela que 55% das pessoas aceitariam ser atendidas por médicos-robôs

A crescente confiança na tecnologia está mesmo mudando o panorama da área da saúde em todo o mundo. A pesquisa What doctor? Why AI and robotics Will define New Health divulgada em maio pela PwC, revelou que 55% dos entrevistados aceitariam ser atendidas por médicos-robôs se isso significasse diagnósticos mais rápidos e tratamento mais eficazes. O estudo entrevistou 11 mil pessoas de 12 países da Europa, África e Oriente Médio.

Os entrevistados se mostraram predispostos ao atendimento por robôs com inteligência artificial; ou seja: aqueles com capacidade para solucionar questões sobre saúde, fazer testes, diagnosticar doenças e indicar tratamentos. Países emergentes, como Nigéria (94%) e Turquia (85%) se mostraram mais abertos ao uso desse método do que nações desenvolvidas como o Reino Unido (39%) e Alemanha (41%).

A falta de confiança na capacidade dos robôs em tomar decisões (47%) e a ausência de contato humano (41%) foram apontadas como os principais motivos por quem não aceitaria ser submetido a tratamentos por médico-robôs. Conclui-se que apesar da maior abertura ao uso da tecnologia, a presença humana continua sendo essencial para os cuidados da saúde.

A cirurgia robótica já é uma realidade no Brasil desde 2008. Em países desenvolvidos como os Estados Unidos, cerca de 95% das cirurgias do câncer de próstata adotam o método robótico. Para o sucesso desse tipo de procedimento é essencial que o profissional no comando do equipamento seja devidamente habilitado. O robô não opera sozinho, ele reproduz os movimentos do médico. É como o piloto de um avião: com um console de joystick em mãos, o cirurgião controla as pinças que operam o paciente. Com esse recurso, há maior precisão, o traumatismo das paredes dos órgãos é evitado e se filtra movimentos do tipo tremor. 

Médicos que operam por meio de robôs devem ter habilitação e necessitam passar por treinamentos constantes. A tecnologia não é nada na medicina se por trás dela não houver um profissional experiente, melhor preparado para lidar com eventuais adversidades do que uma máquina. No fim, é a capacidade dele que vai determinar a evolução do paciente depois do procedimento.

 

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