Infelizmente, a cultura machista é a causa de grandes problemas relacionados à saúde dos homens. Prova disso são os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que apontam um número de 65.840 novos casos de câncer de próstata a cada ano.
Boa parte desses casos poderia ser evitada se os homens fizessem exames preventivos e consultas regulares com o urologista.
Para quem não sabe, o câncer de próstata é o tumor que afeta a próstata, glândula que fica abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. O tumor é o mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele.
Por isso, é imprescindível que seja diagnosticado precocemente e tratado de forma correta. Isso só é possível a partir do comprometimento dos homens com os exames e consultas de rotina.
Hoje, vamos saber um pouco mais sobre os estágios da doença.
Estágios do câncer de próstata
Para saber qual o melhor tipo de tratamento, é preciso entender cada estágio da doença, bem como a idade do homem, seu estado geral de saúde e expectativa de vida.
Estágio I: os tumores ainda são pequenos e não se estenderam para fora da região da próstata. Possuem baixa pontuação de Gleason (até 6) e nível de PSA baixo (menor que 10). Eles costumam crescer de forma lenta e não provocam sintomas ou outros problemas.
Para esses casos, as opções são a radioterapia ou a prostatectomia radical. Os homens mais jovens e saudáveis também podem optar pela vigilância ativa, a prostatectomia radical ou a radioterapia.
Estágio II: aqui, os tumores estão na glândula prostática, porém são maiores, têm maior pontuação de Gleason e os níveis do PSA são superiores do que os tumores do estágio I. Os que não são tratados com cirurgia ou radioterapia têm mais chances de se espalharem além da próstata e provocarem sintomas.
A vigilância ativa é uma boa alternativa, bem como a radioterapia com ou sem hormonioterapia. As opções de tratamento para os homens mais jovens e saudáveis podem englobar braquiterapia, radioterapia e prostatectomia radical.
Estágio III: esses tumores já cresceram para fora da glândula da próstata, podendo ter atingido a bexiga e o reto. Ainda não se espalharam para os linfonodos ou outros órgãos, mas têm maior probabilidade de recidivar depois do tratamento.
As opções de tratamento para este estágio são radioterapia, hormonioterapia, braquiterapia, prostatectomia radical e vigilância ativa.
Estágio IV: nesse estágio, o tumor já se disseminou para as áreas próximas, como linfonodos, ou para órgãos distantes, como os ossos. A maioria deles não é mais curável, mas podem ser tratados. O objetivo aqui é manter a doença sob controle durante o maior tempo possível, melhorando a qualidade de vida do paciente.
As opções de tratamento são hormonioterapia, quimioterapia, radioterapia, cirurgia para aliviar sintomas, tratamentos para metástases ósseas, vigilância ativa, participação em um estudo clínico e combinações dos procedimentos.
Quer entender sobre os sintomas?
O câncer de próstata pode ser silencioso, ou seja, não espere um sintoma aparente. Porém, em estágios avançados, o paciente pode ter:
- Emagrecimento rápido e exagerado;
- Necessidade de ir ao banheiro muitas vezes seguidas;
- Sensação de esvaziamento incompleto da urina;
- Dores na coluna e na região do quadril;
- Presença de sangue na urina ou no sêmen;
- Dor no momento da ejaculação.
Fatores de risco
Existem alguns fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver câncer de próstata, como a idade, a raça, a nacionalidade, o histórico familiar e alterações genéticas. Já outros, como dieta, obesidade, tabagismo e ISTs, são fatores de risco incertos para esse tipo de câncer.
Hábitos saudáveis ajudam na prevenção
Ter uma alimentação balanceada, fazer atividades físicas regularmente, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar são hábitos que ajudam a prevenir diversas doenças, incluindo o câncer de próstata, um dos tipos mais frequentes da doença que atinge os homens.
Além do mais, é aconselhado que todos os homens a partir dos 50 anos procurem um urologista para definir a rotina de avaliação. A avaliação deve ser realizada através do toque retal, ultrassonografia e de dosagens sanguíneas de PSA. Aquelas pessoas com história de câncer de próstata na família ou de raça negra devem iniciar essa avaliação aos 45 anos, devido ao maior risco associado.
Quando descoberta precocemente, a doença possui altos índices de cura e controle. Cuide-se!