Uma boa notícia para os homens que sofrem de hiperplasia benigna de próstata (HBP). Em um estudo recente publicado no The Prostate , pesquisadores da Beaumont Health, Royal Oak, Michigan, descobriram que o aumento da próstata apresenta menor risco de câncer de próstata significativo.
A hiperplasia benigna da próstata é um problema de saúde masculino bastante comum após os 50 anos, que se manifesta através do aumento da glândula. Os primeiros sintomas são: dificuldade de urinar e de esvaziar a bexiga, demora para começar e terminar de urinar, várias idas ao banheiro, seja de dia ou à noite, diminuição do jato de urina.
Embora a HBP não cause o câncer de próstata, as duas doenças podem ter ocorrência simultânea. Daí o medo e ansiedade do paciente quando diagnosticado com essa doença.
Resultados da Pesquisa
O estudo foi realizado com mais de 400 pacientes entre janeiro de 2019 a janeiro de 2021, que foram submetidos à ressonância magnética e biópsia. A ressonância magnética serviu de base quantitativa para os pesquisadores que avaliaram questões anatômicas da próstata e a relação com o câncer subjacente.
Os pesquisadores pretendiam parametrizar a composição da próstata para verificar se os volumes aumentados teriam relação com a doença. No entanto, o que se observou foi que maiores volumes da glândula central estavam associados a menores chances de câncer de próstata.
Os resultados mostraram que para cada um centímetro cúbico de volume aumentado, as chances de desenvolver a doença caiam em 3%. Com isso, o estudo demonstrou que o aumento da HBP não é um fator preditor da doença.
Essa pesquisa está sendo considerada um avanço a fim de esclarecer a relação entre a hiperplasia benigna de próstata e o câncer de próstata, uma vez que estudos anteriores não foram capazes de apresentar resultados comprovando ou negando este fato. Outras investigações ainda precisam ser feitas a fim de ratificar esses resultados, mas já é uma linha de estudo bastante promissora.
Agora, pacientes com HBP podem ficar mais aliviados quando diagnosticados com essa condição, realizando fármacos apenas para essa doença, sem a necessidade de uma terapêutica mais agressiva, como as utilizadas no tratamento do câncer.
Mas lembre-se, todo tratamento deve ser sempre indicado pelo seu médico.