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Empresa britânica lança novo robô cirurgião

Como é bom falar de avanços da medicina, sobretudo no campo da cirurgia robótica, esse assunto que tanto me fascina. A boa notícia, desta vez, vem do Reino Unido, país sede da empresa Med-tech CMR Surgical.

A companhia anunciou o lançamento de um novo robô-cirurgião que, em breve, concorrerá no mercado com o Da Vinci X, equipamento da americana Intuitive. Batizado de Versius, o sistema robótico promete uma série de vantagens.

A mais interessante delas está no design e a maior inovação apresentada pelo Versius é sua flexibilidade. Em vez de um pilar central com todos os instrumentos (formato que caracteriza o Da Vinci X), a CMR projetou vários braços de robôs separados, cada um com seu próprio instrumento cirúrgico e seu próprio pilar. Os braços, conforme garante o fabricante, podem ser montados muito mais rapidamente – e, portanto, muito mais facilmente transportados de uma sala de cirurgia para outra.

Isso faz uma diferença enorme, tendo em mente que o Da Vinci X, máquina mais utilizada no mundo hoje, tem uma estrutura de 750 quilos que não pode ser movida e, portanto, demanda uma sala de operação exclusiva.


O Versius, por sua vez, coloca-se como um aparelho fácil de configurar, desmontar e reconfigurar, e assim pode ser mantido constantemente ocupado, o que torna mais produtivo – portanto, mais vantajoso e acessível.

A CMR também repensou o design do robô para torná-lo uma ferramenta mais ainda mais ergonômica para os cirurgiões. Apesar de oferecer movimentos em 360°, as articulações do Da Vinci só permitem subir, descer, avançar, recuar, ir para esquerda ou para direita. O Versius incluiu  um grau a mais de liberdade, com articulações extras no braço e no pulso. A novidade é que o cotovelo, agora, pode girar, potencializando o que o pulso pode fazer.

O sistema britânico também permitirá que os cirurgiões aprimorem sua técnica. A ideia, afinal, é que o robô armazene informações sobre como ele foi utilizado pelo cirurgião, a fim de que, posteriormente, sejam analisadas, comparadas e realimentadas.

Nos próximos 6 meses, a CMR deve obter a marcação CE para o produto (indicativo de conformidade obrigatória para comercialização no Espaço Econômico Europeu). A previsão é de que as vendas para os hospitais e clínicas sejam iniciadas pouco depois. A empresa inclusive estuda a possibilidade de os estabelecimentos de saúde pagarem uma espécie de anuidade para usar o equipamento, em vez de desembolsar milhões para adquiri-lo.

Claro que o caminho dessas inovações até o Brasil ainda é longo. A largada, no entanto, já foi dada! Um vídeo disponibilizado no canal da empresa mostra como o equipamento funciona. Assista:

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