O câncer de próstata e a realização de exames preventivos como toque retal, ainda são um tabu para grande parte do público masculino.
O problema é que, segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA), muitas pessoas morrem, por ano, com a doença, justamente pela falta de diagnóstico precoce.
Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde apontam que, de 2019 a 2021, foram mais de 47 mil óbitos em razão desse tipo de tumor. No ano passado, 16.055 homens morreram em consequência da patologia, o que equivale a aproximadamente de 44 mortes por dia.
Mas por que falar do câncer de próstata ainda é um tabu em pleno 2022?
Continue a leitura para saber mais sobre o assunto, principalmente agora, que estamos na campanha Novembro Azul.
Sobre o câncer de próstata
O câncer de próstata é o mais comum entre os homens, depois do câncer de pele não melanoma, sendo o segundo que mais mata, depois do câncer de pulmão. Os fatores de risco são atrelados à idade avançada, sobrepeso e exposição a certos produtos e substâncias químicas.
O que dificulta o diagnóstico do câncer de próstata é que, geralmente, ele não apresenta sintomas evidentes em estágio inicial. De toda maneira, um dos sinais é a dificuldade em urinar ou a necessidade de urinar mais vezes.
O diagnóstico da doença é feito por meio da testagem do sangue, por um exame conhecido como dosagem de PSA e através do toque retal, em que o médico avalia a presença de nódulos ou tecidos endurecidos, o que pode ser um indicativo para câncer de próstata.
O tabu do toque retal
O exame de toque retal é, sem dúvida, o principal motivo de tabu entre os homens. Porém, ele se faz necessário para que os cuidados adequados sejam adotados.
O preconceito é fruto de uma cultura machista ainda muito arraigada e que leva os homens a se recusarem a fazer o exame.
Para quebrar o tatu, é importante muita divulgação, informação e campanhas de conscientização, falando sobre o tema de forma natural e como algo que faz parte da vida do homem.
É crucial que o público masculino entenda que a saúde deve ser colocada em primeiro lugar, acima de qualquer construção cultural que possa levar ao preconceito.
Tratamento
O tratamento varia de acordo com o estado de saúde do sujeito e do estágio da doença, podendo variar, por exemplo, entre: radioterapia, terapia hormonal e cirurgia.
Prevenção
Os homens a partir de 50 anos, mesmo sem apresentar sintomas, devem procurar um urologista para avaliação individualizada. Aqueles que integram o grupo de risco são orientados a começar os exames mais cedo, a partir dos 45 anos.