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Câncer de pênis: é possível tratar com cirurgia robótica?

A urologia é, sem dúvidas, um dos campos em que a cirurgia robótica mais se destaca, principalmente no tratamento do câncer de próstata e rim. Mas será que ela é útil, também, na busca pela cura do câncer de pênis?

Essa neoplasia é, geralmente, associada à má higiene íntima e à infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV). Trata-se de um tumor relativamente raro, mas que pode ter consequências muito sérias para o homem, já que seu tratamento envolve a amputação parcial ou total do pênis. 

Detecção precoce é a chave

Em estágios iniciais, o câncer de pênis pode ser tratado com terapia a laser, excisão ampla e até mesmo crioterapia. Entretanto, à medida em que a doença atinge os tecidos mais profundos do órgão, uma cirurgia chamada penectomia será necessária.

Além disso, em estágio inicial, essa doença tem altas chances de cura mas, infelizmente, mais da metade dos pacientes demora até um ano após as primeiras lesões para procurar ajuda médica. 

Portanto, antes de mais nada, fique atento aos sintomas e sinais do câncer de pênis e não hesite em procurar um urologista em caso de:

  • Ferida persistente na glande, na pele cobre a glande ou no corpo do pênis 
  • Secreção esbranquiçada
  • Aumento anormal do tecido da glande
  • Mudança na cor da pele do pênis ou prepúcio 

Como a penectomia é feita

Para compreendermos as possibilidades da cirurgia robótica no tratamento do câncer de pênis, primeiro precisamos entender a penectomia, cirurgia em que a lesão será removida juntamente com tecidos adjacentes. 

Esse procedimento é chamado de parcial quando apenas a parte distal do órgão é retirada. Na penectomia total, todo o pênis é removido, incluindo as raízes que se entendem até a pelve. 

O cirurgião irá criar uma nova abertura para a urina, denominada uretrostomia perineal e ainda será possível, para o paciente, controlar a micção. 

Geralmente, esses procedimentos não costumam ser feitos com o robô. Porém, quando o tumor de pênis atinge o estágio III, uma linfadenectomia inguinal pode ser necessária para remover os linfonodos da virilha. Esse procedimento tem sido realizado com assistência robótica. 

O papel da cirurgia robótica na linfadenectomia inguinal para câncer de pênis

A linfadenectomia inguinal parece ser, até o momento, o único procedimento capaz de identificar e tratar metástases de cânceres em órgãos da região pélvica, fazendo dessa cirurgia uma parte imprescindível do tratamento.

Entretanto, quando realizado com a técnica aberta, esse procedimento tem muitos riscos de complicações, como infecção e necrose, por exemplo. Trata-se de uma cirurgia bastante invasiva, que requer grandes incisões na região da virilha.

Nesse sentido, técnicas minimamente invasivas como a videolaparoscopia e a cirurgia robótica ofereceram mudanças sólidas no tratamento do câncer de pênis e outras neoplasias com potencial de afetar os linfonodos pélvicos. 

Diversas pesquisas apontam que, com indicação apropriada e um cirurgião experiente, a cirurgia robótica será o tratamento indicado para a linfadenectomia inguinal em caso de câncer de pênis. 

A habilidade do médico é fundamental, já que esse é um procedimento complexo e sua curva de aprendizado é longa. 

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