O câncer de bexiga é uma doença que se caracteriza pela desordem das células que compõem o sistema geniturinário e acomete principalmente homens, entre 65 e 85 anos de idade.
Entre os principais sintomas do câncer de bexiga estão dor ou dificuldade para urinar, dor lombar e sangue oculto na urina. Entre as principais causas dessa malignidade podemos citar as infecções na bexiga, tabagismo, exposição a produtos químicos e histórico familiar.
O carcinoma urotelial é responsável por mais de 90% dos casos de câncer de bexiga e afeta o interior da bexiga e se mantém na mucosa e submucosa do órgão. O tratamento se baseia no estágio da doença e na classe do tumor, que podem incluir cirurgia e diferentes tipos de imunoterapia.
Novos métodos de detecção do Câncer de Bexiga
Diversas pesquisas com biomarcadores do câncer de bexiga têm sido realizadas nos últimos anos, trazendo um novo olhar sobre as formas de diagnosticar a doença. Os biomarcadores primários são o antígeno de tumor de bexiga e a hibridização in situ fluorescente. Porém, a especificidade e a sensibilidade desses biomarcadores de urina apresentam uma grande variação entre os estudos divulgados.
Devido às suas características e peculiaridades, cada biomarcador seria propício para identificar alguns indicadores do câncer de bexiga. Por exemplo, o antígeno de tumor de bexiga tem maior sensibilidade para detectar o câncer de grau e estágio mais baixo, enquanto o fibronectina tem maior grau de detecção do que a citologia urinária.
Alguns marcadores moleculares potenciais foram reconhecidos pelo Departamento de Saúde Americano, FDA, como o NMP22 para a detecção e vigilância do câncer de bexiga. Entre os benefícios de se utilizar esse marcador estão o baixo custo, fácil administração e ao mesmo tempo não é um exame invasivo. Além disso, o procedimento evita o desconforto e os riscos e despesas associadas a uma cistoscopia.
Devido à grande dificuldade para um diagnóstico, principalmente entre o câncer de bexiga de baixo grau, esses biomarcadores são de fundamental importância visto que a utilização deles melhorou a sensibilidade para percepção dos diversos tipos de malignidade existentes.
Porém, vale ressaltar que a cistoscopia continua como padrão na detecção da lesão tumoral da bexiga. Mas isso não tira a importância da utilização de ambas as técnicas para um diagnóstico mais preciso e de qualidade.