Como é bom começar a segunda-feira com boas notícias! As que trago hoje são muito positivas para pacientes acometidos pelo câncer de rim ou de próstata – doenças que, juntas, devem atingir 81 mil pessoas até o fim deste ano. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
A novidade anunciada para os tumores da próstata é o Erleada. Comercializado em comprimidos revestidos de 60mg, o produto à base do ativo apalutamida diminui em até 72% o risco de morte entre os homens que enfrentam a doença. A redução do risco de metástase (expansão da doença para além de seu local de origem) é outro benefício proporcionado pelo medicamento. O tratamento costuma ser associado à terapia de privação androgênica ou castração, que consiste no bloqueio da produção de testosterona por meio de medicamentos ou da remoção cirúrgica dos testículos. Os melhores resultados têm sido observados em casos não metastáticos, com resistência à castração.
O combate ao carcinoma renal, por sua vez, ganhou dois novos aliados. O primeiro resulta da combinação de duas drogas Opdivo (nivolumabe) e o Yervoy (ipilimumabe), que integram o rol de novas opções de abordagem dentro da imunoterapia, técnica que pressupõe uma espécie de “treino” ao sistema imune do paciente, para que ele possa ser capaz de vencer as células tumorais.
A inovação foi recebida com entusiasmo pela comunidade científica internacional. A promessa da Bristol-Myers Squibb, laboratório responsável pelo lançamento, é de que os produtos elevarão o tratamento das neoplasias renais a um novo patamar, porporcionando mais longevidade e qualidade de vida aos pacientes – principalmente quando se trata de quadros caracterizados por risco intermediário ou alto.
A agência também aprovou o registro de um novo medicamento para o tratamento de carcinoma de células renais em estágio avançado. O produto é o Cabometyx (levomalato de cabozantinibe), que será comercializado na forma de comprimido revestido, nas concentrações de 20 mg, 40 mg e 60 mg.
O remédio, segundo a Anvisa, é indicado para adultos não tratados previamente (primeira linha) e para pacientes que já passaram por outro tratamento (segunda linha).