Conhecido como Abril Lilás, este é o mês dedicado à prevenção e conscientização a respeito do câncer de testículo, um tumor mais raro, que acomete entre 2% e 3% da população masculina.
O que são os testículos e qual a sua função?
Antes de falarmos propriamente sobre o câncer de testículo, é importante entender o que são os testículos e para que eles servem.
Os testículos fazem parte do sistema reprodutor masculino e, em geral, são do tamanho de uma bola de ping pong, nos homens adultos. Eles se localizam dentro do escroto, que fica pendurado sob a base do pênis. As principais funções dos testículos são produzir os espermatozóides, responsáveis pela fecundação feminina, e hormônios, como a testosterona.
Fatores de Risco e Sintomas
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de testículo são: a criptorquidia, que é quando o testículo se encontra fora do escroto durante o nascimento, lesões na bolsa escrotal ou exposição a agrotóxicos.
Um sintoma típico do câncer de testículo é um inchaço ou nódulo indolor em um dos testículos ou alteração na forma ou textura deles. Em geral, o tumor acomete homens entre 15 e 50 anos e é descoberto por um acaso, quando o homem toca o órgão. Em muitos casos, esses nódulos são descobertos pelas companheiras, que incentivam os homens a procurarem uma consulta médica.
Muitas vezes, o câncer de testículo pode ser confundido com outras patologias. Por isso, conhecer o próprio corpo e fazer o autoexame regularmente ajuda a detectar a doença em suas fases iniciais, melhorando as chances de cura do paciente.
Diagnóstico e Tratamento
Durante o exame para diagnosticar o câncer de testículo, o médico vai palpar o órgão em busca de nódulos. E o exame clínico é o que muitas vezes afasta os homens do consultório do urologista, seja por vergonha ou preconceito.
Após os testes clínicos, o médico irá solicitar um exame de ultrassom para comprovar ou descartar a enfermidade. Exames de urina, radiografia e tomografia computadorizada também podem ser solicitados.
Com o diagnóstico confirmado, o tratamento geralmente é a orquiectomia, que é a remoção testicular. Após a retirada do órgão, o paciente pode ser submetido à radioterapia ou quimioterapia, que em geral apresentam boas respostas no estadiamento da doença, com chances de cura de cerca de 95%.
Na maioria dos homens, a remoção do testículo não causa problemas em ter filhos ou durante o sexo, pois a parte que ficou continua produzindo espermatozóide e a testosterona. Para restabelecer uma aparência normal, o homem pode colocar uma prótese testicular implantada cirurgicamente no escroto, que se parece com um testículo normal.
Portanto, lembre-se de fazer o autoexame pelo menos uma vez por mês e, caso note que algo está diferente do normal, procure o seu médico. O diagnóstico precoce é o melhor aliado do homem para a cura do câncer de testículo.