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Estudo reafirma custo-benefício da cirurgia robótica

Aos poucos, a cirurgia robótica está se expandindo pelo Brasil. Atualmente, já existem mais de 70 sistemas robóticos no país e é possível realizar um procedimento com essa tecnologia em praticamente todas as grandes cidades brasileiras.

Um dos motivos pelos quais a cirurgia robótica leva alguns anos para ser adotada em mais cidades e hospitais brasileiros é o alto custo envolvido no procedimento incluindo, além da própria aquisição do robô, gastos com importação do equipamento, taxas e impostos e compra de insumos como pinças e ópticas, entre outros. 

Além disso, o hospital precisa pagar uma anuidade de cerca de R$ 800 mil para a manutenção preventiva do robô.

Todos esses fatores fazem com que a cirurgia robótica seja um procedimento com custo um pouco mais elevado para o paciente. No entanto, um estudo publicado em março deste ano na revista médica JAMA Network Open levantou uma informação interessante: de quase 16 mil pacientes que passaram por cirurgias abertas ou robóticas, o segundo grupo teve custos menores para procedimentos oncológicos. 

Nessa pesquisa, mesmo os pacientes mais velhos e com mais problemas de saúde tiveram resultados positivos com o uso da tecnologia. 

Já discuti aqui no blog sobre o custo-benefício da cirurgia robótica em relação a outros métodos cirúrgicos, ressaltando que, apesar de mais cara, essa tecnologia oferece muitas vantagens. 

Algumas delas são menor tempo cirúrgico e de internação, recuperação mais rápida no pós-operatório, redução das dores e complicações pós-cirúrgicas. 

O que esse estudo recente demonstra é que, justamente pela precisão da cirurgia robótica e seu caráter menos invasivo, os pacientes tiveram menos gastos fora do plano de saúde em relação aos que passaram pela cirurgia aberta.

Maior tempo de internação significa mais gastos, assim como complicações podem requerer novos procedimentos e medicações que não saem baratas. Alguns trabalhos também têm sugerido menor necessidade de complementar o tratamento do câncer de próstata, por exemplo, com radioterapia após a prostatectomia robótica.

Ou seja, mais do que os efeitos positivos da cirurgia robótica no corpo do paciente, esse método pode, no fim das contas, prevenir “gastos-extras futuros”. 

Por fim,  a decisão entre a cirurgia aberta e a robótica deve ser feita a partir de muita pesquisa e conversa com o médico. Coloque os prós e os contras no papel para encontrar a melhor opção para você. 

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