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Cientistas estão usando nano robôs para combater o câncer

Mais uma prova alto nível que a ciência atingiu, especialmente na medicina:

Cientistas chineses e estadunidenses criaram robôs feitos a partir de DNA que são minúsculos, autônomos e que podem entrar no corpo humano para rastrear e destruir células cancerosas.

 

Como funciona

Os nano robôs são injetados por via intravenosa e, uma vez dentro da corrente sanguínea, são programados para procurar por tumores, sem agredir nenhuma célula saudável durante a trajetória.

Quando eles encontram, liberam drogas dentro das células cancerosas, interrompendo o fluxo de sangue e, consequentemente, provocando sua morte.

 

Testes

Os pesquisadores fizeram testes em camundongos doentes com câncer de mama, de pele, de ovário e de pulmão. Em 48 horas, os robôs haviam adentrado com sucesso as células vasculares dos tumores, causando coágulos sanguíneos e, efetivamente, matando o câncer.

Notavelmente, eles não causaram coagulação em outras partes do corpo, apenas nas células que estavam entre os alvos a atacar.

A técnica ainda não foi testada em humanos. Mas, nas dezenas de ratos e pelo menos nove porcos estudados, o índice de sobrevivência dobrou. Em três de oito casos de ratos com câncer de pele, o tratamento levou à regressão completa do tumor.

Os testes provaram que a inovação não afeta a circulação sanguínea nem a morfologia das células. Também não há evidências de que as máquinas microscópicas se espalharam para o cérebro das cobaias, onde poderiam provocar efeitos colaterais como derrame, por exemplo.

Os estudos continuam, e a expectativa é de que a tecnologia possa ser usada em outros tipos de câncer, já que os vasos sanguíneos dos tumores são essencialmente os mesmos.

Os nano robôs foram desenvolvidos por cientistas da Universidade Estadual do Arizona, em colaboração com o Centro Nacional de Nanociência e Tecnologia (NCNST) da China.

O estudo também incluiu membros da Academia Chinesa de Ciências, da Universidade Jilin, Universidade de Pequim e Universidade Jinan (China) e do Instituto de Pesquisa Médica QIMR Berghofer (Austrália).

A pesquisa foi publicada na revista científica Nature, após cinco anos de desenvolvimento.

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