Você já ouviu falar da fístula uretral? Ela nada mais é do que um canal de comunicação anormal que pode aparecer entre a uretra, tubo que liga a bexiga ao meio externo, e outro órgão, como o reto ou a pele.
Neste ano, por exemplo, o ator Marcos Oliveira, de 66 anos, conhecido por interpretar Beiçola em “A Grande Família”, comentou que iria passar por uma intervenção cirúrgica para tratar uma fístula uretral.
Mas quais os sintomas dessa condição? Quais as causas? Continue lendo este artigo para entender melhor.
Sintomas da condição
A fístula acontece quando algum tipo de anomalia faz com que a urina vaze para outros órgãos que, normalmente, não estão relacionados de nenhuma forma com a passagem da urina.
Pacientes que possuem fístula uretral apresentam como sintoma mais comum o vazamento de urina. Isso significa que durante a micção pode urinar pelo pênis, mas, ao mesmo tempo, por esse pequeno orifício, que pode estar atrelado à pele ou outro órgão entre a uretra e o reto.
Além da incontinência urinária quase ininterrupta, também é comum sentir dores na região pélvica e, em alguns casos, até um acúmulo de urina na pelve.
Causas
A fístula uretral é um quadro bastante raro, porém, há situações que predispõem o surgimento de fístulas. Um exemplo são os casos de pós-operatório para tratamento de câncer na próstata.
Além disso, o problema pode aparecer como resultado de uma complicação depois de cirurgias para retirada de útero ou tratamento cirúrgico de incontinência urinária. Somando-se a isso, é possível afirmar que pacientes com doença de Crohn ou estenose uretral têm maior probabilidade de desenvolver a condição.
Podemos afirmar, ainda, que a fístula uretral pode ser congênita, ou seja, presente no organismo desde o nascimento.
Complicações
Pessoas com a doença têm maior risco de desenvolver alguns tipos de infecções urinárias de repetição. Além do mais, como há o vazamento, muitas vezes a autoestima e a qualidade de vida ficam prejudicadas.
O ator da Globo, por exemplo, contou que apresenta escape de urina pelo ânus e que, por isso, precisava usar absorventes. Ou seja, são pacientes e, por vezes, sentem-se envergonhados e perdem seu convívio social.
Tratamento
Essas fístulas raramente se fecham sozinhas, sendo necessária uma cirurgia. As técnicas usadas dependem da localização da fístula, do tratamento que o paciente já tenha recebido e das causas do problema.
No procedimento, o especialista retira o trajeto fistuloso e sutura os locais de vazamento. É comum interpor algum tecido entre as regiões suturadas a fim de evitar que os tecidos encostem um no outro e que as fístulas retornem algum tempo depois.
Também é comum o uso de tecidos externos para fechar a fístula, como a mucosa oral ou músculo da parte interna da coxa. Na verdade, as técnicas cirúrgicas já existem há muito tempo, mas as intervenções com o uso de enxertos têm ganhado mais espaço nos últimos 20 anos.