Começaram bem a sexta-feira? Pois a minha minha não poderia ser mais interessante e produtiva. Hoje falo com vocês de São Paulo, especificamente, do Instituto Sírio Libanês, grande centro de excelência em ensino, pesquisa e prestação de serviços em oncologia do País.
Todo o meu dia será dedicado ao evento Meet the Professor, em que médicos de todo o Brasil terão a oportunidade de aprender sobre câncer de rim com algumas das maiores autoridades da área. Por exemplo, a Dr. Elizabeth Plimack, chefe do serviço de câncer urogenital do Fox Chase Câncer Center, na Filadélfia, Estados Unidos.
Entre os temas que discutiremos por aqui estão a imunoterapia (tratamento que estimula o sistema imunológico a lutar contra o tumor), técnicas cirúrgicas diversas, terapias-alvo (abordagem em que se utilizam medicamentos indicados com base em testes genéticos), entre outros tópicos do complexo universo das neoplasias renais.
Aliás, complexo até demais: no caso do câncer renal, Estamos falando de uma doença bastante agressiva, que requer tratamento imediato. O fato de ser resistente a terapêuticas tradicionais, como radioterapia e quimioterapia, torna seu combate ainda mais desafiador.
A imunoterapia é, atualmente, uma abordagens mais modernas no enfrentamento da enfermidade, sobretudo nos casos avançados, em que as primeiras estratégias se mostram falhas. O medicamento adotado nesta prática promove uma espécie de desbloqueio do sistema imune do paciente, permitindo que os linfócitos (células de defesa do organismo) ataquem as células tumorais de forma eficiente.
No campo das intervenções cirúrgicas – altamente recomendadas na grande maioria dos casos – a cirurgia robótica é outra grande aliada. Minimamente invasivo e de alta precisão, o procedimento permite a retirada parcial do rim mesmo nos casos de tumores de tamanho superior a 4 cm, evitando que o paciente tenha que extrair todo o órgão, conforme preconizavam os protocolos de tratamento até então.
Estudos consistentes já demonstraram que a nefrectomia total eleva os riscos de Insuficiência renal crônica, diabetes e doenças cardiovasculares.
Um dos 10 tipos de tumor com mais ocorrência no mundo, o câncer de rim é mais prevalente em pessoas na faixa dos 60 anos, do sexo masculino. Seu principal fator de risco é o tabagismo. Obesidade, hipertensão arterial e síndromes genéticas também são elementos relacionados ao surgimento desse carcinoma.