Cerca de dez mil pessoas são diagnosticadas anualmente com câncer de bexiga no Brasil. Levantados pelo Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), os dados posicionam este tipo de neoplasia como a segunda mais frequente entre os homens, atrás apenas do câncer de próstata.
O tratamento desses tumores quase sempre envolve retirada parcial ou completa da bexiga, incluindo as estruturas que as cercam – próstata e vesículas seminais, no caso dos homens; ovários, tuba uterina, útero, colo do útero e uma pequena parte da vagina, no caso das mulheres. Posteriormente, vem a reconstrução do órgão responsável pelo armazenamento da urina.
Minimamente invasiva, a operação realizada em plataforma robótica traz diversas vantagens a esses procedimentos. Em primeiro lugar, porque o recurso possibilita que remoção dos tumores e outros tecidos por meio de pequenas incisões, o que mantém o abdômen fechado por mais tempo, além de reduzir o tempo gasto na intervenção cirúrgica. Os riscos de sangramentos, complicações pós-operatórias também são sensivelmente diminuídos, assim como o período de recuperação do paciente.
A técnica também proporciona uma melhor reconstrução da bexiga. Comandados por meio de um joystick pelo cirurgião, os braços robóticos são mais precisos e oferecem maior liberdade de movimentos.