A associação entre disfunção erétil e infertilidade já era presumida há algumas década pela ciência, mas a comprovação científica veio em 2016. Um estudo realizado na Universidade de Florença, na Itália, detectou que dificuldades de ereção, definitivamente, estão ligadas à qualidade do sêmen.
O experimento foi realizado de setembro de 2010 a novembro de 2015, com 448 homens de 36 a 79 anos, divididos em 4 grupos, de acordo com suas características de líquidos seminais.
O primeiro grupo, chamado de controle, reuniu 74 indivíduos saudáveis, sem problemas de fertilidade. O segundo juntou os 96 rapazes azoospérmicos da amostra, ou seja, com ausência total de espermatozóides na ejaculação. O terceiro, com 245 pessoas, era formado pelos participantes com pelo menos uma anormalidade no esperma. O quarto, por sua vez, agrupou os homens que apresentaram concentração normal de gametas masculinos no sêmen.
As análises mostraram que todos os três grupos de rapazes com algum grau de infertilidade apresentavam função erétil comprometida. Nenhum participante do grupo controle (os saudáveis e férteis) manifestou o problema (18,3% contra 0% no grupo controle).
Os homens ‘azoospérmicos mostraram o maior grau de disfunção erétil, além de intercorrências na saúde em geral. Este mesmo grupo relatou maior prevalência de ejaculação precoce, menor desejo sexual e menor função do orgasmo.
De acordo com dados recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS), 15% da população mundial sofre com infertilidade. Parece pouco? Só até entendermos que este percentual representa aproximadamente 80 milhões de pessoas em todo o mundo. Cerca de 30% dos casos de infertilidade são originados por fatores masculinos. Outros 20% estão associados a causas masculinas e femininas combinadas.