É provável que você já conheça o PSA (sigla de antígeno prostático específico em inglês), exame de sangue que detecta anormalidades relacionadas à próstata ao constatar o aumento da concentração de uma proteína especialmente produzida por essa glândula. Mas no final de 2017 chegou ao Brasil o Prostate Health Index (PHI), que é um teste inovador que tem sido considerado mais preciso para detectar tumores.
Além do PSA e do PSA livre, que são medidos nos exames atuais, o PHI, índice de saúde da próstata, analisa o P2PSA, que é uma proteína que se associa aos casos de tumores malignos.
Pesquisadores chineses realizaram um estudo recente para avaliar a eficácia do novo exame. Eles observaram que a triagem por PHI evitaria biópsias desnecessárias em 39% dos mais de 1,5 mil homens participantes do estudo. Além disso, o exame poderia auxiliar a diagnosticar precocemente casos mais agressivos da doença.
O PHI é um exame ideal para ser realizado especialmente para homens que apresentaram PSA entre 2 e 10 ng/ml, níveis que também podem ser encontrados em casos de tumores benignos da próstata. O procedimento ainda não é oferecido pelos planos de saúde, mas pode ser realizado em laboratórios particulares.
Falsos-positivos
Normalmente, a cada 100 homens que fazem o PSA, 15 apresentarão alguma anormalidade em seu nível e três terão o diagnóstico de câncer confirmado na biópsia. O número de falsos-positivos é muito alto, especialmente porque há situações como a da hiperplasia benigna, que provoca o crescimento contínuo da próstata, mas não representa risco de vida ao paciente.
Desde que o PSA foi introduzido entre as recomendações internacionais para a saúde dos homens, ele permitiu a detecção mais precoce da doença, reduzindo a chance dos pacientes morrerem por complicações do câncer. Mas o exame também pode estimular biópsias desnecessárias, que podem levar a complicações como sangramentos e infecções. O médico sempre deve avaliar cada caso individualmente antes de fazer a recomendação.
Segundo especialistas, até 75% das biópsias são feitas em indivíduos que não têm câncer
Atualmente, o toque retal é a única forma de se chegar a um diagnóstico definitivo. Já que cerca de 20% dos tumores de próstata crescem sem aumentar o PSA. Homens com 50 anos ou mais devem fazer o exame de toque retal e o PSA para investigar e detectar anormalidades. Aqueles que têm histórico da doença na família ou são da raça negra, precisam se consultar antes, aos 45. Consulte um especialista de sua confiança.
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Como é realizado esse cálculo para saber o PHI?