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Pesquisadores descobrem marcadores genéticos causadores de metástase do câncer de próstata

Pesquisadores da Rutgers University, nos Estados Unidos, descobriram marcadores genéticos em humanos que, juntos, causam câncer de próstata metastático. De acordo com o estudo publicado em outubro na Revista Nature Cancer, 16 genes colaboram para fazer com que esse tipo de tumor se espalhe para outras partes do corpo, inclusive os ossos. 

Essa descoberta possibilita que os médicos prevejam quais pacientes correm mais risco de desenvolver câncer de próstata em estágio avançado ou mais agressivamente, tornando o tratamento ainda mais individualizado. 

Segundo os pesquisadores, fazer um rastreamento genético para identificar esses 16 marcadores pode ajudar a antecipar quais pacientes não respondem à terapia de privação de andrógenos, geralmente utilizadas no câncer de próstata metastático. 

Esse pode ser um grande avanço na triagem de pacientes, já que, até o momento, ainda é um desafio determinar quais cânceres são mais ou menos agressivos.

Como o estudo americano foi realizado 

Os biomarcadores que parecem causar o câncer de próstata avançado foram inicialmente descobertos por meio de análises de metástases ósseas em camundongos, revelando perfis moleculares distintos ligados a padrões de ramificação do tumor primário.

Ao integrar os dados de camundongos e humanos com estudos funcionais em organismos vivos, a equipe tentou identificar essa assinatura genética em humanos que possa oferecer um prognóstico do tempo até a metástase e fornecer uma noção da resposta ao tratamento com receptores de andrógenos.

Por fim, eles foram capazes de confirmar uma assinatura de co-ativação entre os marcadores genéticos associados à metástase do câncer de próstata, chamada de META-16. Atualmente, e equipe está refinando o teste, na esperança de uma futura avaliação em ensaio clínico. 

Na teoria a META-16 também poderia ser utilizada para desenvolver terapias contra a doença. Afinal, esses genes estão, de fato, causando a metástase, o que se significa que se for possível suprimir a atividades desses genes, também será factível evitar que o câncer se espalhe ou pelo menos melhorar o prognóstico do paciente. 

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