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Homens de hoje são menos férteis que seus pais

Pesquisadores do Hospital Mount Sinai, de Nova York (Estados Unidos), fizeram um levantamento extenso e concluíram que os homens de hoje são menos férteis que seus pais. A pesquisa compilou e comparou dados de 185 estudos científicos sobre a fertilidade, realizados entre 1981 e 2013, e apontou que houve uma redução média de até 52% na contagem de espermatozoides.

“É um dado impactante”, avaliou o médico César Augusto Cornel, presidente dos delegados da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), em entrevista ao portal UOL. Ele ponderou que é preciso haver cautela, pois “como todo estudo, ainda precisa de complementos”, disse.

Foram selecionadas 85 pesquisas entre mais de 7,5 mil publicadas no período, com cerca de 42 mil homens

Diante do volume de dados, softwares especiais de estatísticas foram utilizados para analisar todo o conteúdo. O material coletado de homens, em 2011, tinha uma contagem de células reprodutivas, em média, 52% menor que os da década de 1970.

Essa queda da fertilidade foi verificada entre homens que vivem nos Estados Unidos, Europa, Austrália e Nova Zelândia. Apesar de o levantamento não ter analisado o Brasil, pesquisadores afirmam que o país, possivelmente, segue a tendência dessa redução, já que os fatores ambientais envolvidos neste fenômeno também estão presentes por aqui.  

Poréns

É preciso levar em consideração que a pesquisa só analisou a contagem de espermatozoides, um entre uma série de fatores que podem indicar infertilidade em homens. A mobilidade e a forma das células reprodutivas também são critérios importantes para se avaliar a fertilidade. Segundo Cornel, um critério isolado não significa que o homem é incapaz de ter filhos.

Cigarro, obesidade e agrotóxico

O tabagismo, o estresse, a obesidade, o uso de drogas, a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e a exposição a substâncias químicas, como agrotóxicos, são apontados como fatores influenciadores da perda fertilidade por parte dos homens. Medicamentos à base de hormônios sintéticos para tratar a calvície, também podem afetar a saúde reprodutiva masculina.

O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo

Outras pesquisas já revelaram que homens que trabalham em fábricas ou lavouras, lidando diretamente com produtos químicos, apresentam redução da qualidade dos espermatozoides. Essas substâncias reduzem a reprodução celular.

 

Prevenção

Se deseja ser papai num futuro próximo, faça uma avaliação do seu estilo de vida atual. Se alimentar de forma equilibrada, perder os quilinhos extras, largar o vício do cigarro e moderar a ingestão de bebidas alcoólicas são atitudes que protegem a sua saúde; dando maior garantia de fertilidade.

 

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