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Futuro do tratamento do câncer de próstata está atrelado à cirurgia robótica

Os tratamentos para o câncer de próstata vêm passando por grandes revoluções, nos últimos anos. A principal delas tem a ver com a cirurgia robótica que, além de mais precisa, oferece inúmeras vantagens para o paciente. O futuro dos tratamentos pelos métodos minimamente invasivos foram o tema da minha entrevista ao jornal Estado de Minas e, na matéria, pude falar sobre os avanços do setor em Minas.

Jornal Estado de Minas/Agosto-20016
Caderno Medicina do Futuro
Minas é referência
Carolina Cotta

dr_pedro

SEMPRE EM BUSCA DE INOVAÇÃO

Se Minas não é referência em alguma área,busca criar seus próprios métodos. O ortopedista Wagner Vieira da Fonseca, especialista em cirurgia do pé e tornozelo e artroscopia do pé e tornozelo,que o diga. Ele é um dos desenvolvedores da artrodese interfalangeana por artroscopia – uma técnica inédita para tratar artrose do dedão do pé de forma menos invasiva.“Hoje temos acesso a toda a literatura mundial e a globalização do conhecimento nos põe em contato com os médicos estrangeiros no dia a dia. Não há mais surpresas em congressos. Sempre que um determinado trabalho é apresentado, a linha de pesquisa já é conhecida. O que vale a pena é a possibilidade de ampliar contatos e tirar as dúvidas diretamente coma fonte”, diz.

Um exemplo é o uso de artroscopia (cirurgia por vídeo) nas reduções de fraturas do tornozelo.“É algo que está começando no mundo e aqui estamos evoluídos, já iniciando um trabalho de intensificar a técnica nos hospitais. Poucos serviços no mundo fazem este tipo de técnica. No Brasil, não há mais do que dois serviços fazendo. Então,a medicina do futuro, com menores agressões de feridas nas cirurgias, é uma realidade em nosso estado”, celebra Fonseca.

Na área de cirurgias minimamente invasivas, o Hospital Felício Rocho foi uma das primeiras instituições do Brasil a fazer transplante de rim. Segundo Pedro Romanelli, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica e da Sociedade Brasileira de Urologia – Seção Minas Gerais, o estado sempre foi referência nessa cirurgia.

Uma das primeiras cirurgias videolaparoscópicas no Brasil foi realizada aqui, em 1990. Desde então, a técnica tem se tornado rotina em várias especialidades. O fato de serem normalmente realizadas com uso de câmeras, facilitou o aperfeiçoamento da intervenção.

Para Romanelli, é fundamental que os serviços conheçam seus números, saibam quantas complicações ocorreram, quantos pacientes foram operados,qual a taxa de reoperação, entre outros dados importantes.“É apartir desses dados que o serviço consegue identificar problemas e melhorar em busca da excelência”,defende Romanelli, que coordena o Serviço de Urologia do Hospital Madre Teresa, referência em cirurgias minimamente invasivas do câncer de próstata e de rim.

“Outro ponto muito importante é o fortalecimento de equipes multidisciplinares. Como aumento da complexidade dos tratamentos,é muito importante que todos os casos sejam discutidos por vários especialistas”, acredita.

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